sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Em memória do dia de finados.



Cinza enche os nossos corpos,
depois de muito badalados.
São quase nada, questões de segundos,
os poemas que plantamos
com as pontas dos dedos
sobre a nudez.
E com eles de permeio
na cinza
esquecemos as derrotas
que nos derrubaram
nesse fatídico dia da morte de outros.
Porque é urgente
fazer vencer o verso.
E fazer brotar a flor.
Antes que venha a escuridão.


1 comentário:

Teresa Almeida disse...

Das cinzas surgiu um belo poema florido.

Beijos, Lua Azul.