sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Mundividência

Principio
as ondas do dia
em marés (des?)acostumadas.
Muitos são os seres,
mas também
o lixo nas águas
e na costa.
Respirar torna-se difícil.
Algures manam óleos
em vez de leite.
Que socorros?


Um Feliz Ano Novo a todos os leitores deste blog.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Sonho de Natal

Na rua, as cores misturam-se: a multidão que passa azafamada, as bolas, os enfeites, as luzes... O pinheiro impa de orgulho desmedido na praça principal da cidade... Casas abarrotando de presentes... Mesas fartas... Mas nem tu sabes  qual é a consoada do pedinte. Se ao menos o pinheiro fosse de comer...

Um Feliz Natal e Bom Ano Novo a todos os leitores deste blog! 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Sucessões

Misterioso tempo que se afunila em nadas. Mas, se um nada se pode medir e comparar com outro, já tem de existir. Nuvem, chuva, sementeira. O nada que regressa feito sol.
Aproximo distâncias. Rio em notas dissonantes (ou concordantes) e rejuvenesço.. Contudo, amarelecendo, folha de árvore. Enquanto isso, vou apreciando as brisas e, mesmo, os ventos fortes, embora temendo os furacões. 
O que resta? Húmus no chão do passeio, ou, melhor ainda, na própria terra.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Chá pensante

Numa chávena fumegante
passeia o universo
de toda uma dialética.
Com mão fremente, seguro-a.
Penso, gole a gole, e não lobrigo
que logo existo,
mas antes adoço o chá da vida
e logo sou.
Só é pena
a chávena esvaziar-se num instante.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Agradecimento e esclarecimentos a todos quantos têm ou não comentado os poemas.

Peço desculpa a todos os que têm comentado os poemas, mas pensei que não era preciso ir ver ao link da aprovação de comentários se teria comentários para aprovar, pois achei que seria avisada pela plataforma, assim que entrasse no blog. Hoje fui ver e fiquei admirada por ter tantas palavras gentis, algumas que enriquecem mesmo o que escrevi, e lamento de ter deixado de as publicar na altura devida: já os publiquei e agradeço pelos mesmos.
Quanto aos comentários que tinha no blog do sapo, não os transpus para cá, porque simplesmente não sabia como havia de fazer isso.
Para os que visitam e não comentam, o meu obrigada também.
Os poemas que escrevo são muito imperfeitos e não merecedores de alguns elogios que lhes fazem; pelo menos é o que eu acho. Escrevo com dificuldade, mas pelo simples prazer de produzir um texto e participar numa comunidade tão variada e rica como é a da blogosfera, mesmo que esta não seja só sobre literatura.
O meu muito obrigada mais uma vez.