quarta-feira, 17 de julho de 2019

Tratado de chicletes

Posto
chicletes Gorila
(passo a  publicidade),
mas, antes, extraio-lhes o açúcar
todo.
São poemas sem alma.
Hoje é tudo adoçantes,
ou zero.
Ora, ora!
Modas!
Como é que vou
tirar as chicletes
daqui?
Só raspando.

São efémeros os poemas,
como as chicletes.
Mastiga e deita fora.
Há para todos os gostos.
Alguns têm recheio.
Mas não são Gorila.
Que eu saiba.
Enquanto dura o sabor,
são boas.
(As chicletes)