Os meus olhos partiram
na direção do comboio
do martírio.
Partiram e não voltaram
mais.
Adeus às paisagens.
Adeus à luz.
Adeus às gentes.
A menina que eu fora não ficou.
A adulta que fui também não permaneceu.
Esta não deixou saudades.
Foi como um prato viscoso
e nojento de qualquer coisa de
águas estagnadas e mal cheirosas.
Eu era uma doença.
Mas veio o escuro,
o silêncio,
a solidão.
Adeus.
Sem nostalgia
- a nostalgia é um luxo -,
só com dor.
Até quando?
9 comentários:
Momentos de nostalgia quem os não tem?
.
Desejando um dia feliz
.
** LÁGRIMAS DE AMOR **
Um poema nostálgico, mas excelente.
Gostei imenso, os meus aplausos.
Querida amiga, continuação de boa semana.
Beijo.
Um tão belo poema para tão grande nostalgia !
Um beijo !
PS
A Fundação -.Museu Dioniso Pereira fica em Águeda.
Minha querida "Lua Azul"
Quanta emoção ao ler este seu poema!
Tocou-me bem fundo nas minhas emoções,
e fui buscar a ele a parte que me tocará
neste deambular pelos comboios da vida.
O que fomos outrora, o que somos agora e
que nem chegamos a ser verdadeiramente...
É sempre um prazer vir aqui ler as suas palavras
prenhes de alguma rebeldia. E identifico-me
com isso. :)
Beijinhos
Olinda
Queridos leitores amigos,
já está no blog o capítulo 2 de "Variações em Quadrilha", que vos convidamos a ler.
https://contospartilhados.blogspot.com/2019/06/variacoes-em-quadrilha-capitulo-2.html
Com votos de excelente fim-de-semana,
saudações literárias!
Palavras plenas de dor e de nostalgia, um poema maravilhoso mas tão sentido, que aperta o nosso coração.
Bom domingo
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Cada momento é como uma partida, que tantas vezes nos traga a existência
Lindíssimo poema.
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
Tão dorido o seu poema, mas muito belo…
Uma boa semana.
Um beijo.
Um poema que dói. Que o vento as leve e as devolva plenas de vida.
Beijos, amiga.
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