Misturo, meço
as letras incandescentes
das palavras frias
como gelo que queima
e não lobrigo asas
a que atracar as escadas do desembarque
da poesia.
Lírios ávidos plantam-se nas cores do tempo.
Ah! Esta paixão por flores
amotinada.
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Algodão em rama
O nevoeiro caprchoso,
algodão em rama da manhã,
vagueia, indiferente
aos peditórios dos passantes,
homens procurando sol ou chuva,
mas não esta macieza disfarçada.
algodão em rama da manhã,
vagueia, indiferente
aos peditórios dos passantes,
homens procurando sol ou chuva,
mas não esta macieza disfarçada.
sábado, 13 de outubro de 2018
Desejo
Quando não me assaltar
a poesia,
vou querer ser
amortalhada em
novas maresias
e voos de aves reinventados,
e, como delicado prato,
em mãos de cozinheira hábil,
sofrer o tempero
do espanto.
a poesia,
vou querer ser
amortalhada em
novas maresias
e voos de aves reinventados,
e, como delicado prato,
em mãos de cozinheira hábil,
sofrer o tempero
do espanto.
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Miragens de ressurreição
Aproximo o olhar de umas quantas margens que avisto e corro para a que me está mais próxima. Desfaz-se em nuvens, e caio. Caio no vazio de ecos produzidos por ti, no silêncio. Que vegetação luxureante tem o teu deserto? Não é um oásis, afinal, e desfaz-se também em fumo. Água, onde estás? Rios?
Agora vou em passeio, transitando por ruas largas, às cores, brilhando ao sol. Vou em passeio, e o passeio desaparece para dar lugar ao nada. Deita-se o tempo - opaco - , e cobre-se o céu de negro, como ressurreição impossível. Que fazer?
Agora vou em passeio, transitando por ruas largas, às cores, brilhando ao sol. Vou em passeio, e o passeio desaparece para dar lugar ao nada. Deita-se o tempo - opaco - , e cobre-se o céu de negro, como ressurreição impossível. Que fazer?
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
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