Bem cedo,
ficou esquecido o poema,
quando o poeta descobriu
a farsa do Pai Natal.
E, agora,
jazem na fossa
ambos, poeta e poema.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
Receita ignóbil, feitiço ou
como fazer das desgraças prendas, ou modelos?
Tem-se lixo biodegradável. Junta-se-lhe uns pozinhos de perlimpimpim. Da frente para trás e de trás para a frente, de cima para baixo e de baixo para cima. Do avesso para o direito e do direito para o avesso. Deitar sal e lágrimas, lágrimas e sal. Mexer. Temperar bem. Mexer. Verter tudo numa caçarola. Deitar para o chão e com um pano absorver. Tornar a pôr na caçarola e, depois, deitar tudo no balde. Perfumar. Deitar na terra. Compostar. Ter muitas, muitas doses de paciência. Deixar transformar em húmus. Plantar e/ou semear. Juntar mais outras doses de paciência e ver crescer as flores ou hortaliças. Colher.
Não esquecer de desinfetar a caçarola ou deitar fora.
Hoje deu-me para isto. Que tal?
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Mar grávido
Navego no céu,
de dia e de noite,
até desaparecer o gosto dos rumos.
Então, componho
contigo
uma sonata liquefeita
no mar grávido.
Quantos peixes se
encontrarão nestas
notas
e se associarão
aos melhores corais
das sonoridades?
de dia e de noite,
até desaparecer o gosto dos rumos.
Então, componho
contigo
uma sonata liquefeita
no mar grávido.
Quantos peixes se
encontrarão nestas
notas
e se associarão
aos melhores corais
das sonoridades?
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